A
marca pernambucana de acessórios Trocando em Miúdos encerra em julho de 2019
sua trajetória de 13 anos de sucesso. Quando o fim da marca foi anunciado em
suas páginas nas redes sociais todos se perguntaram – mas por quê? A verdade é
que ninguém esperava essa notícia, que a todos surpreendeu, nem mesmo seus
colaboradores e, muito menos, seus clientes fiéis, tamanho o sucesso alcançado
pela marca. A
partir de então, inúmeras e calorosas manifestações de amor à Trocando se
sucederam nas redes sociais. Mas a consternação demonstrada e sentida não se
resumiu a essas postagens.
Post no Instagram comunicando o final da marca. |
Poderíamos
questionar, mas será que essas clientes realmente precisariam de mais um
brinco? A resposta é sim, quando se trata de mais um brinco da Trocando em
Miúdos. São inúmeros os atributos!
Design autoral, combinação de formas e cores ousadas e harmônicas, qualidade na manufatura. Design feminino, divertido, sensual e sofisticado, tudo em equilíbrio. Estética que conseguiu unir as culturas e a almas brasileira e pernambucana, sem que para isso fosse óbvia. Sem falar no ambiente aconchegante de seus pontos de venda. Uma fórmula que conquistou fãs e fez da marca um case de sucesso, inspirando e estimulando outros empreendedores a começarem a criar e investir em seus trabalhos autorais em nosso estado.
Brincos arquitetônicos
Fonte: @trocandoemmiudos
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Design autoral, combinação de formas e cores ousadas e harmônicas, qualidade na manufatura. Design feminino, divertido, sensual e sofisticado, tudo em equilíbrio. Estética que conseguiu unir as culturas e a almas brasileira e pernambucana, sem que para isso fosse óbvia. Sem falar no ambiente aconchegante de seus pontos de venda. Uma fórmula que conquistou fãs e fez da marca um case de sucesso, inspirando e estimulando outros empreendedores a começarem a criar e investir em seus trabalhos autorais em nosso estado.
Design com formas geométricas Fonte: @trocandoemmiudos |
Design com formas orgânicas Fonte: @trocandoemmiudos |
Juliana Miranda e Amanda Braga Fonte: @trocandoemmiudos |
Fundada em 2006 pelas, então estudantes de Design da UFPE, Amanda Braga e Juliane Miranda, a marca foi batizada como Trocando em Miúdos, título de uma música de Chico Buarque em parceria com Francis Hime, de 1978. Homenagem mais do que natural, uma vez que suas idealizadoras costumavam criar ao som de Chico.
Livro Colecionando Tempo Fonte: @trocandoemmiudos |
Toda a trajetória da Trocando está contada no livro “Colecionando o Tempo”, escrito por Luciana Veras, elaborado na e para a ocasião das comemorações de 10 anos da marca. Um material realizado com o maior esmero e qualidade gráfica, presenteado, por um período, às clientes.
As inspirações para as coleções da Trocando em Miúdos foram as mais diversas, mas sempre com um olhar voltado para o Brasil, como: a MPB (Fatal, Canção do Sal, É proibido proibir); a literatura (Felicidade Clandestina, inspirada em Clarice Lispector); a arquitetura (Caminhos do Recife, Festa para Lina Bo Bardi); a Flora e Fauna brasileiras (Perene); o carnaval (Macuca, Eu acho é pouco). E por falar em carnaval, como será o nosso carnaval sem as novidades da Trocando?
Peças de coleções criadas para os carnavais. Fonte: @trocandoemmiudos |
Com Juliana Miranda e Thais Sobreira no lançamento da coleção do carnaval 2019 no evento Bapho do Dragão Fonte: Acervo pessoal |
Se você é de Recife, provavelmente tem ou conhece alguém que tenha um desses "Grandes Clássicos" da Trocando Fonte: @trocandoemmiudos |
Mais algumas peças icônicas da marca
Fonte: @trocandoemmiudos
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Quando
se pensava que as designers da Trocando já não conseguiriam surpreender, elas
nos presenteavam com o inusitado, como foi o caso da última coleção lançada
pela marca, a Perene. Com essa fórmula, continuavam a estimular o amor e o
desejo de compra das clientes.
Coleção Perene Fonte: @trocandoemmiudos |
Frequentar
as lojas também era uma experiência, um evento no qual sempre conhecíamos
outras mulheres com histórias semelhantes as nossas ligadas à marca, do tipo: -
tenho tantas peças que já virou uma coleção; - daria para eu fazer um bazar
apenas com as peças da marca; - vim comprar um presente, mas vocês têm aquela
peça que apareceu hoje no Instagram?; e etc.
Casa Rosa (produção e loja) e Loja do Espinheiro Fonte: @trocandoemmiudos |
No meu
caso, além do fato das peças da Trocando valorizarem meu estilo, desenvolvi uma
relação com a marca que foi além do consumo. Minha mãe, portadora de Alzheimer,
tornou-se cliente da marca já doente. Foram inúmeras às vezes que a levei para
passear na rua de casa, onde fica a Trocando do Espinheiro, e precisei entrar
na loja como meio de acalmá-la, para que parasse de chorar, sintoma comum em sua
enfermidade. Ao entrar na loja, minha mãe, que sempre foi muito vaidosa e amou
bijus, ficava mais calma no meio de tanto colorido e de formas diferentes. Por
isso, agradeço à Trocando e as suas excelentes Thaís, Flávia e Pureza, pela sensibilidade
e amabilidade com que sempre nos trataram no atendimento da loja.
Com Maria Eugênia Marinho (minha mãe) e as queridas vendedoras da loja do Espinheiro, Thais Sobreira e Flávia Andrade Fonte: Acervo pessoal |
A vitoriosa
história da Trocando em Miúdos é um exemplo perfeito de quando o design
consegue emocionar, tocar as pessoas de alguma maneira, conquistando não apenas
clientes, mas admiradores apaixonados. Um sonho almejado por todo criador, que foi
alcançado com muito trabalho e talento por Juliane e Amanda, duas jovens Designers pernambucanas, que ainda
irão surpreender muito.
Sentiremos saudades!!!
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