terça-feira, 29 de março de 2011

O visual como aliado


Olá internautas,

Confiram o meu novo artigo "O Visual como aliado", publicado na primeira edição da Revista Medzine (pág.26), uma publicação voltada para o público da área da saúde em Pernambuco e na Paraíba.

Link: http://www.medzine.com.br/medzine%20ed1-online.pdf (Texto também disponibilizado abaixo)

Aproveitem a leitura!

Estilo
O Visual como Aliado
Símbolo da profissão médica, a cor branca hoje é empregada apenas no jaleco. Mas na hora de compor o visual de trabalho, outros elementos devem ser observados pelos médicos


Quando os homens ainda se encontravam em estado primitivo de evolução, aquilo que carregavam sobre seus corpos já poderia ser considerado instrumento de comunicação e interação social entre os mesmos. Seus visuais refletiam, além de necessidades físicas, o desejo de determinar o status que possuíam dentro de suas comunidades. 
De lá para cá, a civilização evoluiu e as relações sociais passaram por complexas modificações. Com isso, a importância da imagem pessoal como instrumento facilitador da interação entre os seres humanos só fez aumentar, atingindo o seu ápice no final do século passado. As nossas escolhas passaram a ser individuais e não mais coletivas no mundo competitivo que vivemos. Dessa forma, é imperativo que o nosso visual comunique de maneira fácil dados sobre a nossa identidade, objetivos e posicionamento em qualquer situação, facilitando, assim, nossas relações pessoais e profissionais.
Quando o assunto é o visual de trabalho, a liberdade não é total, principalmente porque sabemos que ainda são relevantes as expectativas com relação à estética e à conduta de alguns profissionais, como advogados, executivos e, em especial, médicos. Mas qual é a imagem que se espera de um médico? Esta é uma pergunta importante a ser feita por qualquer profissional que possui a consciência de que a imagem pessoal é importante aliada da competência nos dias de hoje. 
Um médico em atendimento se encontra em um status diferenciado daqueles que atende. Naquele momento, ele é a pessoa dotada de informação e competência para auxiliar os seus pacientes perante as dificuldades de saúde que apresentam. Nesse aspecto, a confiança é um fator decisivo para que essa relação seja bem sucedida, devendo ser trabalhada a partir do primeiro contato visual entre os atores que compõem esta cena.
Adotada mais intensamente no século XX e reconhecida nos quatro cantos do mundo por sua ligação com a atividade médica, a cor branca se tornou um dos símbolos da imagem desta profissão. É possível explicar o porquê através da Semiótica, que, segundo Castilho e Martins, afere valor simbólico àquilo que é investido culturalmente de significado. De acordo com Fischer-Mirkin, em seu livro “O Código do Vestir”, o branco “é imaculado e limpo; a sua inocência e claridade inspiram confiança nos outros; é a cor da virtude e do altruísmo”.
O visual do médico, porém, não está mais resumido ao uso de uma indumentária completamente branca. O jaleco é a única peça que continua a apresentar regularmente esta cor. Acima de tudo, é importante que o profissional saiba gerenciar a sua imagem, devendo observar alguns elementos como discrição, organização, higiene e confiabilidade. Características que podemos definir como indissociáveis das expectativas que pacientes e a própria comunidade médica esperam da sua aparência. Para tal, algumas dicas são decisivas, como:
• evitar roupas e acessórios (sapatos e cintos) em mau estado de conservação e limpeza;
• evitar cores fortes em roupas, acessórios e nos cabelos;
• se usar estampas, que sejam as clássicas ou muito discretas;
• os acessórios não devem ser exagerados nem barulhentos;
• os cabelos devem estar bem cuidados e arrumados, e as unhas limpas e bem tratadas.

Mesmo aparentemente preso a regras, devido às expectativas inerentes à profissão, o médico pode criar para si um diferencial mercadológico. Para tanto, precisa estabelecer um estilo, uma marca pessoal que agregue à sua aparência dados da sua personalidade, o que, sem dúvida, dentre outros benefícios, deverá aumentar a humanização na relação com seus pares e pacientes.
Referências:
CASTIL HO, Kathia; MARTINS , Marcelo M. “Discursos de Moda: Semiótica,
design e corpo”. São Paulo: Editora Anhembi Morumbi, 2005.
FISC HER-MIRKIN. Toby. “O Código do Vestir : os significados



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