segunda-feira, 16 de junho de 2014

A passarela do futebol: a importância de uma identidade visual para os boleiros

Daniel Alves (Brasil), Aguero (Argentina), 
Balotelli e Pirlo (Itália), Gervinho e Drogba (Costa do Marfim)
 e Honda (Japão)
A criação de uma identidade visual sempre foi algo importante para os artistas, em especial, para aqueles ligados à música (ver matéria-http://www.agrund.com/artistas-imagens-discursos-e-etc/). Neste início de século XXI, outra categoria de profissionais vem utilizando desta estratégia de forma intensa e eficaz, a dos jogadores de futebol, que fazem sucesso e difundem modas com seus estilos, por vezes, inusitados. 

No passado, alguns jogadores ficaram conhecidos pelo seu visual diferenciado, caso do ex-jogador do Corinthias Biro-Biro. O cabelo loiro e cacheado virou sua marca registrada e lhe rende até hoje uma certa fama. Na atualidade, porém, ter um estilo marcante é quase que uma regra entre atletas deste esporte. Mais que uma tendência, parece ter se tornado tão importante quanto as suas performances em campo na valorização de suas “marcas pessoais”, algo fundamental em um evento midiático como a Copa do Mundo. Como estão uniformizados, é nos cabelos, acessórios e decoração da própria pele que buscam atingir este objetivo.

David Beckham e Cristiano Ronaldo, símbolos da vaidade 
e da valorização das imagens dos jogadores de futebol.
O jogador símbolo dessa mudança de comportamento foi David Beckham, que ficou mais conhecido por sua aparência do que propriamente pelo seu jogo. Beckham provou que jogadores também podem ser metrossexuais, sem que isso abale suas tão exaltadas masculinidades. Mesmo após sua aposentadoria dos campos, continua a ser um dos mais imitados e que mais lucram com a própria imagem. Cristiano Ronaldo não pode negar, é um dos seus principais seguidores, com seu cabelo milimetricamente penteado à base de muito gel. Isso prova que nos campos, assim como na moda, existem os inovadores e os seguidores. Haja vista, a quantidade de braços tatuados que proliferam hoje no mundo do futebol.

Ninguém duvida que os vários penteados de Neymar, ao longo da sua carreira, o tenham ajudado a criar sua marca pessoal. Junto ao talento com a bola, sua aparência criativa lhe rendeu popularidade e projeção, revertidos em dividendos por meio da exploração da sua imagem em campanhas publicitárias e mídia em geral. 

O novo visual de Neymar para a Copa
Não é à toa que o jornal americano The New York Times tenha afirmado que o jogador brasileiro
seria o novo Beckham. Assim como o inglês, o camisa 10 da seleção brasileira tem diversos seguidores de seu visual nos campos e nas ruas e é um dos mais valorizados no meio publicitário.

David Luiz é outro exemplo do quanto uma imagem bem trabalhada pode fazer com que um jogador de futebol se torne um ícone. Deixou seu cabelo cacheado crescer de forma natural, com isso, deixou de ser mais um para se tornar uma referência e uma marca valorizada. Peças publicitárias exploram a popularidade das suas madeixas junto a crianças e adultos do mundo todo. Ideia incorporada por seus colegas de seleção, Marcelo e Dante.

David Luiz antes e depois, fenômeno de popularidade com seus cachos

Marcelo e Dante antes e depois, estilosos com suas vastas cabeleiras

Todos esses atletas aqui citados provam que esta identidade visual tem que estar associada a uma atitude condizente. Do contrário, não trariam credibilidade e não fariam o sucesso que fazem.

Entende-se que o homem contemporâneo é personagem de um mundo competitivo, pautado no individualismo e na busca pelo sucesso. Toda essa preocupação com a imagem reflete este cenário no qual é fundamental se diferenciar e reforçar a imagem pessoal. Por isso, fica uma pergunta no ar, o visual dos jogadores de futebol na atualidade refletem mais: suas individualidades, a vaidade do homem moderno, uma moda, uma estratégia de marketing, ou tudo isso junto? 

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